Quarto da Meggie

- Não abusas, eu tenho a certeza disso. - Olhei-o nos olhos e sorri soltando depois um gemido meio rouco. - E se o tentasses fazer, eu não ia deixar…fui burra uma vez, não sou burra mais nenhuma! - Garanti beijando-lhe os lábios e acariciando-lhe as costas com a as unhas.

- Eu digo, não te preocupes.- Tranquilizei beijando-o e abafando assim os gemidos que me subiam pela garganta acima. Foram alguns longos minutos naquele contacto físico que me deixou completamente quente a sorte é que ele era frio e podia assim arrefecer-me para que não explodisse ali.

Arqueei as costas sentindo-me cada vez mais perto do auge e agarrei-lhe os ombros fortemente. Não sei o tempo ao certo, sei que foi pouco, talvez uma questão de segundos até atingir o meu clímax e sentir o meu corpo relaxar por completo. Olhei o tecto deixando sair um gemido alto mesmo para surdo ouvir. Ri-me pois podia imaginar os comentários vindos das minhas irmãs e fiz questão de lhes pedir desculpas mentalmente.

- Elas não mandam no meu quarto. - Encolhi os ombros sorrindo e olhando para ele. - Queria e quero! - Exclamei beijando-lhe os lábios. - Não me apetece ficar sozinha, tenho medo do escuro. - Gozei rindo-me tipo criança.

- Eu tenho medo de ti, és um bicho mau. - Ri-me. - Que só sai do escuro. - Olhei para o meio das suas pernas e fiz um ar angelical. - Perdão, no escuro. - Corrigi com ar matreiro.

- Eu comprei-lhes caixas de tampões mas elas dizem que não precisam. Eu tentei agir pelo bem-estar delas! - Desculpei-me fazendo um ar angelical e rindo-me de seguida. - Tu e o Mike foram os únicos que aqui vieram e tu o primeiro a estrear esta cama. - Sorri e beijei-lhe o queixo.

- Na casa dele. - Respondi na mesma. - Casa salvo seja, barraca! - Revirei os olhos olhando para uma das paredes e suspirei. - Fui tão cega… - Murmurei culpando-me basicamente por todo este sofrimento que passei em 2 anos.

- Prendi-me a uma pessoa durante muito tempo Kale. Eu amava-o e ele fazia de mim um fantoche. Custa sabes? - Olhei-o e suspirei. - E custa também saber que posso nunca vir a amar alguém como o amei. - Comentei.

- E tu? - Olhei-o curiosa. - Já te apaixonaste assim perdidamente por alguém? - Questionei fixando o meu olhar no seu enquanto os meus dedos passeavam pelo seu peito nu.

- Conta-me tudo. - Pedi.
- Adorava saber essa história! - Exclamei com um sorriso amoroso e fazendo-lhe um olhar irresistível para que contasse aquela sua pequena história de amor.

Suspirei por aquele traste estar sempre entra a minha vida mas acabei por encolher os ombros. - Está morto e só o quero esquecer. Pouco me importa agora, conta-me! - Pedi.

Ouvi-o com atenção e não consegui deixar de me arrepiar por completo. A minha história com Mike era praticamente a mesma. Na altura namorava com George quando o conheci e foi quase como se um amor à primeira vista. George apercebeu-se de tal e acabou comigo para que tivesse assim uma espécie de caminho livre para ele. Comecei a dar-me com Mike e ao início sempre foi tudo muito bonito mas ele começou a tornar-se uma pessoa violenta e algo possessiva. Ordenava que fizesse certas coisas e quando o negava espancava-me. Depois curava-me como se nada fosse e cegava-me com as suas promessas. - Ele ia matar-me… - Olhei Kale enquanto me sentava na cama e me tapava com o lençol. - Era isso que ele ia fazer comigo… - Disse boquiaberta.

- Que animal… - Murmurei abanando a cabeça negativamente e abraçando-o. - A sério ainda bem que apareceste. - Comentei. - Só de pensar que podia morrer até me dá uma coisa estranha no corpo. - Suspirei.