Bar Supernatural

Escritório da Regin

Spoiler:

Cheguei ao meu bar e vi que estava bastante cheio. Via-se todas as espécies a conviver e a beber. Sorri. Acenei ao Luke, o lobisomem que servia ao balcão e fiz sinal de que ia para o meu escritório. Passei pela estante onde estavam dispostas as bebidas e tirei uma garrafa de Martini levando-a comigo. Precisava de desanuviar.

Ia a passar por um bar com o nome "supernatural". Chamou-me a atenção e entrei lá dentro, ia saber-me bem beber algo para descontrair. Olhei em volta assim que pus os pés lá dentro e comecei a dirigir-me até ao balcão, pedindo uma bebida ao empregado que lá estava. Paguei e percorri o bar com o olhar em busca de uma mesa vazia, avistei uma e enquanto me dirigia para lá senti alguém vir contra mim. Era um vampiro também. - Não sabes ver por onde andas? - perguntei dando-lhe um encontrão. - Olha aí. - resmungou devolvendo-me o encontrão e provocando-me. - Não te metas comigo. - disse já furioso e atirei-o contra uma mesa atirando de seguida o meu copo contra si fazendo-o partir-se e estilhaçar-me em pequenos pedaços no meio do chão.

Estava a encher o quinto copo de Martini e já o último uma vez que a garrafa estava no fim quando bateram à porta e a abriram de seguida. -Regin. - vi o ar preocupado do Luke -Confusão. Dois vampiros. Tu gostas sempre de pôr a calma por isso... -supirei e bebi o conteúdo do copo de uma vez. -Vamos lá.
Fechei a porta atrás de mim e coloquei-me no meio dos dois vampiros. Era uma coisinha pequena no meio dos dois mas não queria saber. Conseguia acabar com eles num instante -Acabou! Partir coisas é fora do meu bar!

Quando me preparava para espetar um soco na cara daquele vampiro uma rapariga colocou-se no meio de nós os dois tentando separar-nos. Olhei-a. - A confusão é aqui dentro. Não lá fora. - resmunguei tentando contorná-la para chegar novamente ao vampiro.

- Aqui é o meu bar e não estou para aturar isto. Ou se controlam ou vão para a rua. - disse não saindo do meio deles. O vampiro que não tinha falado aproximou-se e ia bater no outro. Dei-lhe um pontapé no meio das pernas e o Luke veio agarrar nele para o pôr na rua. -Queres ser o próximo? - perguntei ao outro vampiro.

Revirei os olhos soltando uma risadinha quando a rapariga lhe deu um pontapé no meio das pernas e depois ele foi levado para a rua. Dirigi depois o meu olhar para ela. - Não... obrigado. - resmunguei entredentes dando um pontapé na mesa e derrubando-a.

-Hey! - peguei na camisola dele e arrastei-o até ao meu escritório. Vi o Luke a ajeitar o local e a acalmar os ânimos. Fechei a porta atrás de mim e empurrei o gajo lá para dentro -Mas qual é o teu problema vampiro?

A rapariga arrastou-me até ao que calculei ser o seu escritório e empurrou-me lá para dentro. - O meu problemas é as pessoas não verem por onde andam. - resmunguei fitando-a. Só me apetecia partir alguma coisa. Sentia-me mesmo irritado, o que eu planeara ser uma noite calma acabára por se tornar uma porcaria e agora provavelmente estava metido em problemas.

-Arranjar problemas é fora do meu bar! Faz um favor a ti próprio e se ainda não estiveres calmo sai, antes que seja eu a por-te na rua! - disse completamente enervada. Odiava problemas no meu bar e ainda mais se fosse alguma coisa com vampiros.

Ela agora também devia estar a achar-se importante só por causa da porcaria do bar ser dela. - Eu estou calmo. - disse entredentes. - Muito calmo. - acrescentei sem parar de a olhar. Virei-me de costas para ela e respirei fundo voltando a olhá-la de seguida.

-Ainda bem. - sorri cinicamente -Deves-me um copo e uma mesa. - disse recordando o que ele tinha estragado.

- Eu? - fiz um sorriso irónico. - Deves pensar... não devo nada a ninguém... muito menos a ti. - disse. - Eu é que devia receber uma bebida já que fiquei sem a minha por culpa daquele otário.

Voltei a sorrir cinicamente -Hum... acho que não. O meu bar está de pantanas por causa de ti. Nada de bebidas à borla. - passei por ele e fui sentar-me na minha cadeira.

Segui-a com o olhar quando ela foi sentar-se na sua cadeira em frente à secretária, segui-a depois e sentei-me também numa cadeira recostando-me para trás. - Sabes eu posso pedir o livro de reclamações... - disse cinicamente. - Os clientes têm sempre razão. - acrescentei aproximando-me e pondo os braços sobre a secretária.

Olhei para ele -A sério? Isso acontece num bar de humanos. No meu bar o cliente não tem razão e não há livros de reclamações. - voltei a sorrir-lhe cinicamente. -Queres mais alguma coisa? - perguntei colocando os cotovelos na mesa e ficando a olhar para ele.

- Aposto que isso é apenas uma desculpa para não de dares o livro. - encolhi os ombros. - Mas também já não me interessa... não me apetece perder tempo a escrever sobre um bar sem interesse nenhum. - disse revirando os olhos. - Não sei... tens alguma coisa para me dar? - perguntei olhando os seus olhos.

-Um bar sem interesse nenhum? - repeti o que ele disse. Ele tinha dito que o meu bar não tinha interesse nenhum? A sério?! -O meu bar tem bastante interesse, desculpa se não é o interesse de um vampiro convencido como tu. - aproximei-me mais dele e sorri - Continua a sonhar com isso.

- Sim, ouviste bem o que eu disse. - revirei os olhos. - Tão sem interesse como tu me pareces ser. - acrescentei e aproximei-me mais dela. - Não sou convencido e não gosto de sonhar. Prefiro viver as coisas na realidade.

-Eu? Sem desinteresse? - este gajo! Quem é que ele pensava que era? Nem me ia dar ao trabalho de usar o meu poder nele, não tinha interesse nenhum em seduzir um vampiro e muito menos um tão estúpido. - Ainda bem. - sorri cinicamente - Assim podes viver a tua morte.

- Pois ainda bem. - retribui o sorriso cinico. - Quem te dera a ti teres sempre alguém assim como eu a passear-se pelo teu bar. - fiz um sorriso convencido. - Ias ter muitos mais clientes.

-Dispenso. És bonitinho mas muito estúpido. - e um vampiro. - E não preciso de mais clientes. Só que eles sejam bons. - voltei a sorrir cinicamente.

- Estúpido... - revirei os olhos e olhei-a outra vez. - Não sou estúpido. - disse. - Da maneira que és qualquer dia não tens clientes.

-Só sou assim para clientes como tu. - voltei a sorrir-lhe - Ter-te como cliente ou clientes como tu dispenso.

- Que bom. - disse com um meio sorriso. - É que não estou a pensar voltar cá.