Bosque

Havia passado vários dias e a guerra entre o meu pai e o seu opositor tornou-se mais forte fazendo de mim um alvo, visto que sou a que ficará com o torno e tenho um dos poderes mais fortes. Vagueei pela floresta reconhecendo um cheiro que até hoje ainda não me tinha saído da cabeça.Aproximei-me mais da criatura que outrora tinha conhecido vendo-o a alimentar-se, sorri. - Posso ser a próxima? - gozei com ele.

Olhei abruptamente para a portadora da voz que tinha falado e levantei o sobrolho ao tentar reconhecê-la de algum algum lado. Limpei a boca e olhei para a rapariga que ainda estava viva, mas demasiado fraca para chamar por ajuda. Parti-lhe o pescoço e mandei-a para longe. Endireitei-me para ela e limpei o queixo.
-Conforme se quiseres ser tratada assim ou não. - respondi.

-Assim como? - gargalhei aproximando-me dele. - come as you are, as you were, as I want you to be, as a friend, as a friend, as an old enemy - cantalorei rindo-me na cara dele. - Então..vais perder esta oportunidade?- gozei com ele novamente.

-Como a míuda que está morte - apontei com o queixo e sorri abanando a cabeça enquanto ela me provocava. Mal ela deu de novo um passo mexi-me com agilidade e encostei-a a uma árvore - fazendo-a praticamente voar - com as minhas mãos prendi-lhe um braço e coloquei a minha mão no seu peito impedindo-a de a mover. - Queres?

Soltei uma gargalhada e aproximei a minha boca do seu pescoço mordendo-o com força. - Hmm... se eu fosse a tu não faria isso - murmurei contra a sua orelha, ergui a minha mão mal vi os seus dentes a aguçarem vires maris- sorri para ele e apareceu uma onda grande a vir contra nós, parei-a com a minha mão. Essa tal onda tinha uma espécie de mãos que estavam a trás dele caso ele fizesse alguma coisa. - Come on baby, bite me - soltei uma gargalhada e rocei os meus labios nos seus. Empurrei-o de forma bruta e virei-lhe costas. - Eu tenho sangue de peixe, tu não gostas- gozei novamente.

Passei a lingua pelo meu canino e revirei os olhos ao ouvi-la enquanto ela me virava costas e se afastava. Quando ela já estava longe, num segundo voltei a agarrar nela pela cintura e puxei as suas costas contra o meu peito colocando os seus cabelos para outro lado. - Blood is Blood. - murmurei ao seu ouvido e rocei os meus caninos no seu pescoço, mas nem a mordi. - E todo o sangue é bom.

Gargalhei novamente.- Deixa-te disso. -olhei-o nos olhos. - te oblivisci omnia- proferi novamente fazendo-o esquecer de quem eu era, e olhei para ele com um sorriso gozão. - Adorei brincar contigo, mas tenho de encontrar o Hotel. -sorri.

Deixei-me ficar parado enquanto percebia que alguma coisa estava mal e olhei para a rapariga que estava à minha frente. Hã? Ela andou a brincar comigo desde quando? E, algo estava errado porque quem brincava era eu e mais ninguém.
-Eu levo-te lá. - disse quando ela falou num hotel e eu me sentia faminto.

- Ainda me mordes - gozei com ele e passei a minha mão sobre a sua bochecha. - Vai ser uma pena. - aproximei-me mais dele e trinquei suavemente o seu lábios puxando-o para mim.- Fica para a próxima - murmurei novamente e afastei-me dele.

Ri-me quando ela me falou em morde-la. - Não era mau de todo, porque não estou muito satisfeita. - lambi os lábios e voltei a revirar os olhos, um vicio que sempre me acompanhou na vida - Fica para a próxima porque me vais ver muitas vezes no hotel. Não te percas - disse preparando-me para sair dali.

Soltei uma gargalhada- E violas-me depois?- gozei e esbocei um sorriso. -Vais me dizer o teu nome vampirinho? - inquiri puxando-o para mim novamente, tirei a minha caixa de pastilha e coloquei-lhe uma de menta dentro da sua boca e outra na minha. - Cheiravas a sangue. - gozei novamente rindo-me logo a seguir. - Eu não me perco, porque se me perder e grito e claro que vens logo ter comigo.- ironizei piscando-lhe o olho e gargalhei novamente.

-Não, mas posso matar-te se quiseres - sorri irónicamente e revirei os olhos fazendo de seguida uma careta ao sentir aquele sabor na minha boca. - Oh que raio - resmunguei tirando a pastilha da minha boca - isto é tão nojento. - Atirei-a para longe. - Quem te garante que venho ter contigo? - Perguntei - Nem te conheço.

- Olha que tens concorrência para matar-me. Mete-na fila.- gozei. - Então vampirinho? - soltei uma gargalhada e aproximei-me mais dele. - Bem acho que vais ficar sem resposta. Adeus- gozei com ele mais vez e virei costas começando a andar para fora da floresta.

-Não gosto de filas, prefiro ser o primeiro, porque tu cheiras bem - disse num tom seco. - E não me chames vampirinho, sou mais velho que tu. - resmunguei e vi-a a afastar-se. Revirei os olhos e em poucos segundos apanhei-a - Adeus - fui embora para minha casa, o hotel.

-Sim, tens razão este perfume é ótimo.- ri-me dele novamente. - E vampirão, está melhor? Adequa-se melhor á tua idade.- assenti e sorri para ele de forma simpática. - Adeus - murmurei, oh bolas ele...era... Bri, Bri....acalma lá as hormonas.

Saí do cemitério, ainda meio aturdido. Estava a ser um dai bastante longo e não havia nada mais do que confusão na minha cabeça. Sentei-me num tronoc caído do bosque e tirei a rosa de dentro do meu casaco. Estava amachucada e a perder a cor. De certa forma eu sentia-me igual.

Rapidamente e sem hesitações cheguei ao bosque onde vi sentado aquele rapaz .
Olhei para a rosa que tinha na mão, estava num estado lastimavel e isso deixou-me um pouco mal. Sabia que se a rosa estivesse naquele estado seria porque ele não estava nada bem.
Aproximei-me e olhei-o nos olhos:
- Posso? - perguntei enquanto esticava o braço em direcção da rosa.

Olhei para cima para ver de quem era a voz. Para minha grande surpresa era a raparigas da florista, ou melhor, a fada. Eu não sabia mesmo de nada e naquele momento pouco importado estava - À vontade - Passei-lhe a rosa, que estava praticamente murcha.

Delicadamente peguei na rosa fixando o meu olhar nela . Tocava ao de leve nas petalas como se de algo sagrado se tratasse.
- Continuas a não acreditar - disse mantendo o olhar na rosa.
À medida que lhe tocava as pétalas ganhavam o seu antigo vermelho ofuscante e o seu aspecto carnudo.

- Acreditar no quê?! - Perguntei já quase desesperado. Não etendia aquele mistério nem nada do que se estava a passar na minha vida.O que menos precisava era de enigmas.
Observei-a tocar na rosa, e esta, como que por magia voltou a estar vermelha e renovada - Quem és tu? - Perguntei, precisando de saber a resposta.

Via o desespero no seu olhar e no seu coração. Sentia que ele rapidamente precisava de respostas... Mas era a primeira vez que tal coisa me acontecia, sentia-em um pouco receosa com tudo isto.
- Sei que custa acreditar mas... - fiz uma pausa para ver se a rosa já estava recuperada - eu sou um ser sobrenatural que tem como missão ajudar-te. Sou uma fada e pelo que sei todas têm um humano que devem ajudar. É a primeira vez que tal coisa me acontece, não sei se estou a agir da maneira correcta...- fiz outra pausa e estendi-lhe a rosa - mas eu achei que tu irias acreditar.
Estava a ser o mais sincera e directa possível. Era difícil para mim pois eu sempre gostara de criar mistérios e isso fez como que nunca fosse directa.

Custar a acreditar era dizer pouco. Saber da existência de vampiros e lobisomens era uma coisa que eu até tolerava mas agora...fadas? Eram algo que eu nunca pensara poder existir e no entanto aqui estava eu em frente a uma que me parecia tão real. - Digamos que acredito nisto tudo ... - E estava quase afazê-lo - ... estás a dizer que és uma fada que está aqui para me proteger? - Se não estivesse a tentar racionalizar aquilo tudo, teria-me rido a pensar que aquilo era uma anedota.
Contudo não obtive resposta pois num segundo ela estava lá e logo no outro a seguir já não. Bastara-me um piscar de olhos para a deixar de ver - Boa... - Murmurei sarcásticamente. Levantei-me e saí dos bosques, não tendo mais nenhuma paciência para ali estar.

Guinchei ao ver que o sangue não parava de escorrer.
- Porquê? - resmunguei.
Voltei a levar o dedo à boca, sentando-me na relva, encostada a uma árvore.

A cada minuto que passava o cheiro ficava mais forte e a minha vontade de provar aquele maravilhoso sabor também. Perdi a noção de tudo quando senti a rapariga de à pouco passar por mim e aí percebi que o sangue era dela. Completamente sedento e descontrolado, levantei-me seguindo-a. Quando a avistei no bosque, soltei um rugido, aparecendo à sua frente.